quarta-feira, 16 de novembro de 2011

UMA PALESTRA INESQUECÍVEL DO CIENTISTA ARQUEÓLOGO DR. MARCOS ALBUQUERQUE NO MUSEU DE ARQUEOLOGIA DA UNICAP

  MUSEU DE ARQUEOLOGIA DA CATÓLICA PROMOVE PALESTRA SOBRE  ARQUEOLOGIA HISTÓRICA
O renomado professor da Universidade Federal de Pernambuco Marcos Albuquerque mostrou uma pequena parte do seu vasto trabalho na descoberta e estudo de sítios arqueológicos do estado na noite desta quarta-feira (4) dentro da programação do Arqueologia em foco, coordenado pela professora Maria do Carmo Caldas Dias Costa. O evento aconteceu no auditório G2 da Universidade Católica de Pernambuco e foi intitulado Arqueologia Histórica-Uma Nova Leitura da Sociedade Colonial. Segundo a professora Maria do Carmo, coordenadora do Museu de Arqueologia da Católica, o professor Marcos Albuquerque é um pesquisador muito conhecido no meio acadêmico, sobretudo na área de arqueologia. “Embora ele seja muitíssimo ocupado, porque viaja muito pelo Brasil e pelo exterior dando consultorias, ele arranjou um espaço na sua agenda para nos atender e trouxe, assim, fatos e registros históricos totalmente desconhecidos pela maioria absoluta da população”, afirmou. Ainda para a professora Maria do Carmo, o evento foi uma oportunidade para os alunos conhecerem um pouco a história de Pernambuco, do Recife e do Brasil. “O professor gentilmente ofereceu a todos os alunos da Unicap a oportunidade de visitarem o Forte Orange, na Ilha de Itamaracá, quando ele for reaberto para conclusão dos estudos que ocorrerão em breve”, expôs. Na ocasião, o professor Marcos visou, por meio de fotografias de sítios arqueológicos com os quais já trabalhou, ilustrar o papel da arqueologia e dos arqueólogos no resgate da história de um povo. “A arqueologia é uma ciência interdisciplinar que interessa a vários outros campos e cursos”, disse, explicando que as várias ciências têm formas diferentes de prática. “O antropólogo dialoga, aproxima-se do outro. O sociólogo realiza uma pesquisa por meio de um questionário. São diferentes formas de analisar o mesmo objeto. O arqueólogo estuda a sociedade a partir dos vestígios”, argumentou, afirmando, ainda, que o trabalho do arqueólogo é completamente diferente e único. Segundo o professor, o grande problema é que a arqueologia é, muitas vezes, vista como curiosidade. Normalmente, são notificadas apenas as documentações históricas que fogem à normalidade. “A arqueologia trata por meio de uma série de procedimentos de um cotidiano que não é registrado. Por exemplo, quantas pessoas se fotografaram calçando um sapato? Nenhuma. Quem se fotografasse calçando um sapato talvez fosse encaminhado a um hospital psiquiátrico”, brincou. E prosseguiu: “Mas, se essa pessoa fosse caminhar no Alasca com aquele sapatão de neve, ele não se perdoaria se não se fotografasse para mostrar aos amigos. Portanto, a arqueologia contribui para o entendimento de uma sociedade de forma complementar de uma maneira que subsidia outros conhecimentos, como o antropológico e o médico”. No evento, o arqueólogo trouxe para os presentes uma pequena mostra dos sítios descobertos por ele, cuja importância pode ser demonstrada pela presença e atuação de políticos como o ex-vice-presidente da República Marcos Maciel e o ex-prefeito do Recife Roberto Magalhães. No Forte Orange, por exemplo, a presença da rainha da Holanda seria uma mostra da relevância da descoberta deste sítio. Um outro exemplo mostrado ontem na palestra foram às descobertas feitas no Recife Antigo que resgatou boa parte da história do Recife escondida no seu subsolo. Segundo explicou a professora Maria do Carmo, um sítio histórico pode ser entendido como um local que guarda informações, ou seja, registros históricos, da existência de uma civilização. Sua exploração permitiria documentar desde aspectos anatômicos característicos de uma geração até costumes sociais que prevaleceram numa dada época. “Sua importância será ainda maior quando mais informações forem nele encontradas e quanto mais significante for à descoberta para responder questões ainda obscuras para nós”, disse.
Fonte: http://www.unicap.br/assecom2/boletim/2009/novembro/boletim_05.11.2009.html- Estas e outras no diário de notícia do pesquisador da Pré-história Célio Cavalcante, membro do Conselho Consultivo do Centro Brasileiro de Arqueologia-CBA e Correspondente da Sociedade Paraibana de Arqueologia-SPA.

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