sábado, 23 de janeiro de 2010

VANGUARDA DO RADIOAMADORISMO

O radioamadorismo é uma atividade incessante, a qualquer hora do dia ou da noite, em todas as partes do mundo, existem sempre vários radioamadores com os seus equipamentos ligados e falando com outros, nas faixas de rádios a eles destinadas, num intenso formigueiro de estações pelo ar, trocando informações, aproximando almas distantes e desconhecidas, salvando vidas em perigo, minorando sofrimentos de corações angustiados pela falta de notícias de parentes e amigos, providenciando e enviando remédios que poderão salvar pessoas em perigo, etc. Mas não é só isso: o radioamadorismo é, realmente, tudo isso e muito mais: é aquela confraternização eterna e espontânea entre os homens, que os aproxima ainda mais, os une e os torna mais humanos, pois na sua maioria, os radioamadores não se conhecem pessoalmente, mas nutrem um pelo outro um profundo e sincero afeto como o pássaro Pelicano. No Estado do Ceará - Tudo que se sabe de radioamadorismo no Ceará remonta ao período posterior à II Guerra Mundial. Ao contrário do Estado de São Paulo e até mesmo o Maranhão, onde há registro de aparelhos funcionando antes de 1938, até o momento os pesquisadores locais ainda não localizaram referências da atividade no Ceará, que não sejam do período da pós-segunda grande guerra. Por conta dessa carência, o Clube dos Radioamadores de Fortaleza, tendo à frente Elísio Élvio, vem divulgando pelos meios de comunicação o interesse em dispor de informações anteriores a 1945. Segundo Élvio, esses conhecimentos importantes para que se possa fazer um histórico do radioamadorismo no Ceará. Uma vez que o radioamadorismo atravessou décadas e grandes desafios tecnológicos, sem que tivesse diminuído o interesse de gerações seguidas. O primeiro radioamador do Ceará, conforme se tem notícia, foi Joel Cunha Freire, ainda conhecido no meio com PY7VB, já falecido, mas tem um filho que deu continuidade ao radioamadorismo. Dois fatores curiosos fazem parte da história do radioamadorismo. Uma delas é atribuída aos tempos do arrombamento do açude do Orós, em meados dos anos 60. Na ocasião, funcionava uma estação de rádio no posto do Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (DNOCS), naquele município, de prefixo PPA-8, que permanecia em contato com a Capital cearense. Ao relatar situações trágicas vividas pelas populações locais, houve emissão de pedido de socorro, que foi prontamente atendido por navios da Frota da Marinha Americana, que navegavam em costa do Nordeste. Com isso, foram providenciados helicópteros, que prestaram imediato socorro às populações atingidas. Outro fato bastante relembrado pelos radioamadores - e exemplar de ajuda humanitária - ocorreu na década de 1980, quando um navio procedente da África, transportava missionários canadenses acometidos com febre amarela. Por conta de urgente atendimento, solicitaram, por meio do radioamadorismo, envio de helicópteros para socorrer os enfermos, o que acabou salvando vidas de um deles em um hospital de Fortaleza. Por Célio Cavalcante prefixo PT7ACZ voluntário da CVB e da RENER. (Guardião da Arqueologia cearense).

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