segunda-feira, 10 de agosto de 2009

CIENTISTA DA UFC DR. RAIMUNDO MARIANO PROMOVE ESCAVAÇÃES PARA ACHAR MORTOS NA GUERRILHA DO ARAGUAIA

O chefe do Laboratório de Geofísica de Prospecção e Sensoriamento Remoto da Univercidade Federal do Ceará - UFC, o Geólogo Raimundo Mariano Gomes Castelo Branco participará da busca, com a tarefa de localizar, por radar, possíveis ossadas dos mortos na guerrilha do Araguaia (1972-1975), uma das questões insepultas da ditadura militar (1964-1985) que mais mobilizam historiadores, jornalistas, grupos de defesa dos direitos humanos, familiares de desaparecidos e militares. As escavações devem durar dois meses. As chances de achar ossadas é muito diferente entre as dez localidades, definidas nas duas fases anteriores da missão. Enquanto em algumas há indicações precisas de onde os corpos foram enterrados e a terra é a mesma há 40 anos, em outros a floresta virou pasto, o trator passou ou as coordenadas são bem menos pontuais. A partir de desta segunda feira dia 10 de agosto de 2009, Os trabalhos foram iniciados pela área do Dnit (antigo DNER), a cerca de 12 quilômetros da cidade de Marabá, após meses de identificação dos locais onde poderiam estar enterrados os restos mortais dos desaparecidos. Antes da atividade em campo começar, o comandante da 23ª Brigada de Infantaria de Selva, general Mário Lúcio Alves de Araújo, coordenador logístico do grupo Tocantins, reuniu os envolvidos nas buscas e enumerou 10 locais indicados por ex-mateiros e por moradores de Marabá, São Domingos do Araguaia e São Geraldo do Araguaia, cidades paraenses próximas à região onde estão concentradas as buscas. onde um mateiro que guiou os militares na época apontou onde estariam duas ossadas. Dificilmente serão encontradas todas as ossadas, mas eventuais achados serão importantes para a história da guerrilha. Até hoje, os restos de apenas dois guerrilheiros foram identificados: o de Maria Lúcia Petit e o do cearense Bergson Gurjão Farias, reconhecido no mês passado. Será usado um GPR (radar de penetração do solo) para detectar onde há vestígios de alteração do solo e existência de objetos embaixo - o equipamento não detecta se são ossos ou não. O que for encontrado será enviado ao Instituto Médico Legal (IML) do Distrito Federal, onde serão feitas análises e exames, inclusive de DNA. Isso pode demorar semanas ou meses, dependendo do estado do que for encontrado. É provável que só no final do ano ou início de 2010 haja informações conclusivas sobre possíveis identidades dos mortos. Estima-se que 60 militantes de extrema esquerda, que decidiram montar um foco guerrilheiro armado no Araguaia para derrubar a ditadura, tenham morrido. As atuais buscas foram determinadas pela Justiça depois que fracassaram todos os recursos do governo. Foi montada uma comissão de cerca de 30 pessoas, liderada pelo Ministério da Defesa e com apoio logístico do Exército. Os integrantes da comissão argumentam que essa é a maior e mais bem equipada missão de busca realizada até agora - houve ao menos uma dezena de missões anteriores. Outro fato interessante foram as visitas do Dr. Raimundo Mariano juntamente com a Arqueóloga Dra. Marcélia Marques do Nascimento da UECE, onde os mesmos fizeram monitoramento nos municipios de Sobral e Forquilha sobre os sítios Arqueólogicos de pinturas rupestre, a pedido do guardão da Arqueologia Célio Cavalcante. Fonte: Vários periódicos da mídia de nosso Brasil.

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